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Peixe desconhecido é encontrado na Bahia

Matéria do Jornal Nacional



O peixe de carne esquisita, sem pele nem escama, é formado, da cabeça à ponta da cauda, por uma massa que mais parece gelatina. Ele foi capturado durante uma viagem de pesquisa do projeto Tamar.

Estudiosos e pescadores tiveram uma surpresa durante uma experiência no litoral norte da Bahia.

"Parece um animal pré-histórico. Parece que é de silicone, só tem gordura. Esse não dá para comer”, disse o pescador Jucinei Evangelista.

E não dá mesmo. É um peixe de carne esquisita, não tem pele, nem escama. Da cabeça à ponta da cauda, é formado por uma massa que mais parece gelatina.

Ele foi capturado durante uma viagem de pesquisa do projeto Tamar. Os técnicos testavam anzóis circulares, que podem ser usados sem o risco de matar tartarugas marinhas. De repente, o estranho animal foi fisgado.

"Quando vi o bicho que tomei aquele susto, caí logo na água pra filmar", afirmou o coordenador do Projeto Tamar, Guy Marcovaldi.

Nas imagens gravadas por Guy Marcovaldi, o peixe se aproximava da superfície, já quase sem vida. Ele estava a mil metros de profundidade, a 15 quilômetros da Praia do Forte, litoral norte da Bahia.

Os pesquisadores calculam que a costa brasileira abriga pelo menos 150 espécies de peixe ainda desconhecida da ciência. As descobertas mais recentes foram de pequenos animais. Do porte deste peixe, foi a primeira vez. Ele pesa cerca de 40 quilos e é do tamanho de um homem alto: 1,83m.

Olhos pequenos, boca grande e dentes quase invisíveis. O oceanógrafo Cláudio Sampaio, professor da Universidade Federal da Bahia, confirma que não há registro desse peixe em nenhuma publicação científica.

“A gente encontrar uma espécie como essa, totalmente nova para a ciência, é uma joia rara. Um peixe que jamais foi visto pelo ser humano", declarou Cláudio.

O peixe será conservado em formol e vai fazer parte do acervo do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia.

Para os biólogos o desafio será maior do que uma simples identificação. Vão precisar descobrir também em que região do Atlântico vive a raridade.


Reportagem exibida no dia 18 de setembro de 2009 no Jornal Nacional

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